A doença renal policística, também chamada de rins policísticos, é um tipo de doença genética que provoca a formação de cistos nos rins.
Os cistos são formações parecidas com bolhas, que podem ter diferentes tamanhos. Essas bolhas são revestidas por uma fina membrana e, em seu interior, eles contêm um material líquido parecido com plasma sanguíneo, ou são uma formação semissólida.
Não é raro que surjam alguns cistos isolados nos rins conforme a idade avança. Porém, na doença renal policística se forma um grande número de cistos, que atingem os dois rins e também podem surgir em outras partes do corpo, como na vesícula seminal, no pâncreas, no fígado, no coração, nos vasos sanguíneos e até mesmo no cérebro.
A doença renal policística é hereditária, sendo transmitida entre membros da mesma família para os laços sanguíneos em primeiro grau. Ela acontece devido a uma mutação que ocorre de forma espontânea no gene PKD1 ou no gene PKD2.
Quando o problema se encontra em fase inicial, não é registrada a ocorrência de sintomas. Entretanto, conforme a doença renal policística progride, podem se manifestar sinais e desconfortos como:
Algumas comorbidades também podem estar associadas à doença renal policística, como hipertensão arterial, aneurisma intracraniano e doença diverticular intestinal.
Como nem sempre ocorrem sintomas, a doença policística renal pode ser diagnosticada por acaso, durante a realização de exames para investigação de outros quadros clínicos. De toda forma, também podem surgir sintomas que levantem a suspeita de algum problema renal.
Assim, são realizados exames de imagem, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética, que ajudam a visualizar os cistos, sua quantidade e tamanho.
Exames laboratoriais, como de ureia e creatinina também contribuem para o diagnóstico e para o acompanhamento do funcionamento dos rins. Essa medida é importante, inclusive, porque a doença renal policística pode reduzir gradativamente a função dos rins.
Até o momento, não existe um tratamento que contribua para promover a cura da doença renal policística. Contudo, as terapias adotadas contribuem para minimizar a ocorrência de sintomas e controlar possíveis comorbidades e complicações. Em alguns casos, existem medicações que retardam o crescimento dos cistos ao longo do tempo.
Isso porque a doença renal policística pode levar à insuficiência renal crônica devido à destruição do tecido saudável dos rins pelos cistos. Alguns pacientes podem ser submetidos à drenagem do cisto, a fim de remover o seu conteúdo. Porém, a tendência é de que ele volte a ser preenchido e o cisto se forme mais uma vez.
Em casos mais graves do problema, quando também ocorre a doença renal crônica, o paciente pode precisar de sessões de diálise. Em situações ainda mais complicadas, é considerado o transplante de rim.
Como você viu, a doença renal policística é um problema de ordem genética e hereditária. Sendo assim, o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa patologia é a presença de casos na família em parentes de primeiro grau, o que indica a suscetibilidade para ela.
Pessoas com histórico familiar de doença renal policística devem adotar algumas medidas que ajudam a minimizar a suscetibilidade para o desenvolvimento do problema por meio da manutenção da saúde dos rins. Essas medidas envolvem:
Outra medida essencial é fazer o acompanhamento a partir dos 18 anos, quando parente de primeiro grau de doença de pessoa com doença renal policística. Assim, é possível monitorar a saúde dos rins desde cedo e adotar medidas que contribuam para evitar a progressão do problema e sua evolução para doença renal crônica.