Doença renal crônica em diabéticos: prevenção e controle

Tempo de leitura: 3 min.
atualizado em 18/11/2024
Sumário

A Doença Renal Crônica afeta muitos diabéticos, sendo uma das complicações mais graves do diabetes. Com a prevenção adequada e o controle contínuo, é possível retardar a progressão e reduzir os impactos dessa condição. Conheça as melhores práticas e tratamentos. Entenda mais sobre esse assunto!

Imagem digital ilustrando a anatomia do corpo humano com foco nos rins, destacados em vermelho para indicar inflamação ou problema de saúde. Fundo azul escuro.

A Doença Renal Crônica é uma complicação comum em pacientes diabéticos, afetando uma parcela significativa dos portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2. 

É caracterizada pela perda gradual da função renal e perda da capacidade de limpeza do sangue. O rim realiza uma série de ajustes no nosso sangue eliminando o que está em excesso e retendo o que está escasso em nosso sangue. 

Além disso, o risco aumenta com fatores como hipertensão e predisposição genética. Entender essa condição é crucial para que diabéticos adotem medidas de prevenção e controlem a progressão da doença. 

Neste artigo, abordaremos a relação entre diabetes e doença renal crônica, estratégias de prevenção e os principais tratamentos. Leia até o final e saiba mais!

Entendendo a relação entre diabetes e Doença Renal Crônica

A relação entre diabetes e doença renal crônica é direta e complexa. O diabetes, principalmente o tipo 2, é uma das principais causas de Doença Renal Crônica no mundo.

Altos níveis de glicose no sangue, quando não controlados, causam danos aos pequenos vasos sanguíneos dos rins, reduzindo sua capacidade de filtrar resíduos e regular fluidos no organismo. Esse processo leva ao desgaste dos rins, resultando na doença renal crônica.

  • Fatores de risco: Além do mau controle glicêmico, a hipertensão é outro fator que acelera o dano renal.
  • Evolução da doença: A Doença Renal Crônica evolui de forma lenta e pode não apresentar sintomas significativos nos estágios iniciais, o que torna o monitoramento regular essencial.
  • Impacto no paciente: Com o tempo, a Doença Renal Crônica pode progredir para insuficiência renal terminal quando o rim já não trabalha mais, exigindo tratamentos intensivos como diálise ou até mesmo transplante de rim.

Compreender essa relação permite que pacientes e profissionais de saúde implementem estratégias preventivas desde os primeiros sinais de problemas renais.

Estratégias de prevenção para diabéticos

Prevenir a Doença Renal Crônica em diabéticos é possível com a adoção de hábitos saudáveis e monitoramento constante, como:

  • Controle glicêmico: Medições regulares de glicemia e o uso adequado de medicamentos ajudam a evitar picos de açúcar no sangue.
  • Controle da pressão arterial: Manter a pressão arterial em níveis adequados é essencial, pois hipertensão e diabetes aumentam muito o risco de doença renal.
  • Dieta balanceada: Uma alimentação com baixo teor de sal e rica em alimentos nutritivos pode ajudar a controlar o peso e a pressão arterial, protegendo os rins.
  • Exames de função renal: Realizar exames regulares para avaliar a função renal é importante para detecção precoce de problemas. A microalbuminúria, por exemplo, pode indicar que os rins estão começando a sofrer danos.

Com essas medidas, pacientes diabéticos podem reduzir significativamente o risco de desenvolver doença renal crônica e melhorar sua qualidade de vida.

Tratamento e controle da Doença Renal Crônica em diabéticos

Quando a Doença Renal Crônica já está presente em diabéticos, o tratamento e controle visam retardar a progressão da condição e manter a qualidade de vida. Essas medidas incluem:

  • Medicação: Medicamentos como os inibidores de ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) são comumente prescritos para controlar a pressão arterial e proteger os rins. Outra classe mais nova são os chamados iSGLT2 e a semaglutidas.
  • Controle glicêmico rigoroso: Mesmo com a Doença Renal Crônica instalada, manter níveis de glicose estáveis é essencial para evitar mais danos renais. 
  • Dieta e hidratação: Reduzir o consumo de proteínas, sal e potássio pode ajudar a aliviar a carga sobre os rins. A hidratação adequada é fundamental.
  • Acompanhamento médico: Consultas regulares com nefrologistas e endocrinologistas são cruciais para ajustes no tratamento, e exames frequentes, como a dosagem de creatinina e microalbuminúria, ajudam a avaliar a evolução da condição.

Com o tratamento correto e acompanhamento contínuo, é possível frear o avanço da doença renal e preservar a função renal pelo maior tempo possível.

Gostou do conteúdo? Compartilhe!
Dra-Sara-Mohrbacher-CRM-146577
Dra. Sara Mohrbacher
CRM: 146577 |
RQE: 69465 - Clínica médica | 69466 - Nefrologia
Especialista em Nefrologia e Clínica Médica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Atualizado em: 18/11/2024
Atenção: O site drasaramohrbacher.com.br/ traz informações relevantes e de qualidade sobre nefrologia e saúde renal. Porém não substitui avaliação e diagnóstico completos em consulta médica.
Todos os direitos reservados © 2024 |
magnifiercrosschevron-down