O que é diálise e quem precisa fazer?

Tempo de leitura: 3 min.
atualizado em 14/07/2025
Sumário

A diálise é um tratamento crucial para quem sofre de insuficiência renal avançada, ajudando a eliminar toxinas e excesso de líquidos do corpo. Entender como ela funciona, quem realmente precisa iniciá-la e quais são os principais tipos disponíveis é essencial para pacientes e familiares. Entenda mais sobre esse assunto!

Homem sentado em cadeira hospitalar realizando hemodiálise, com profissional de saúde ajustando os tubos da máquina.

A insuficiência renal crônica é uma condição em que os rins perdem gradualmente a capacidade de filtrar o sangue, acumulando toxinas no organismo.

A diálise é indicada quando a função renal está comprometida de forma grave, sendo essencial para manter a vida do paciente. 

Apesar de ser um procedimento comum, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre seu funcionamento, quem realmente precisa realizá-lo e quais são suas modalidades. 

Neste artigo, abordaremos o que é a diálise e como ela funciona, quais pacientes precisam iniciar o tratamento dialítico e os tipos de diálise e suas principais diferenças. Leia até o final e saiba mais!

O que é a diálise

A diálise é um procedimento médico utilizado para substituir temporária ou permanentemente a função dos rins quando estes não conseguem mais filtrar o sangue adequadamente. 

Esse processo remove resíduos, excesso de água e toxinas do corpo, mantendo o equilíbrio eletrolítico e ácido-base do organismo. Ela geralmente se torna necessária em estágios avançados da doença renal crônica.

Quais pacientes precisam iniciar o tratamento dialítico

Nem todos os pacientes com doença renal precisam de diálise. O tratamento dialítico é indicado quando os rins perdem a maior parte de sua função e não conseguem mais manter o equilíbrio do corpo. 

Essa decisão é baseada em critérios clínicos, laboratoriais e sintomas apresentados pelo paciente.

Indicações comuns para o início da diálise incluem:

  • Creatinina e ureia muito elevadas no sangue
  • Retenção de líquidos com inchaço generalizado ou falta de ar
  • Acúmulo de potássio (hipercalemia) resistente ao tratamento
  • Acidose metabólica grave
  • Sintomas como náuseas, vômitos, confusão mental e cansaço extremo

Pacientes com insuficiência renal crônica em estágio terminal (estágio 5) são os principais candidatos. No entanto, pessoas com lesão renal aguda também podem precisar de diálise temporariamente, até que a função renal se restabeleça.

A decisão de iniciar a diálise deve ser tomada por um nefrologista com base em uma avaliação completa. Fatores como idade, comorbidades, qualidade de vida e expectativa de transplante também influenciam essa escolha.

Tipos de diálise e suas principais diferenças

Existem dois principais tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal. Cada método tem suas particularidades e pode ser indicado conforme o perfil clínico do paciente, estilo de vida e disponibilidade de estrutura.

A hemodiálise funciona da seguinte forma:

  • É realizada com auxílio de uma máquina que filtra o sangue
  • Exige acesso vascular (fístula, cateter ou prótese)
  • Sessões duram cerca de 4 horas, geralmente três vezes por semana
  • Normalmente feita em clínicas ou hospitais

Vantagens:

  • Equipe especializada sempre presente
  • Controle mais preciso dos parâmetros

Desvantagens:

  • Dependência de deslocamento
  • Rigidez nos horários

A diálise peritoneal, por sua vez:

  • Utiliza o peritônio, uma membrana presente na cavidade abdominal que envolve os órgãos internos, como filtro natural
  • É feita em casa, várias vezes ao dia (CAPD) ou com auxílio de máquina à noite (APD)
  • Requer disciplina e técnica do próprio paciente ou cuidador

Vantagens:

  • Maior liberdade e flexibilidade de horários
  • Melhor preservação da função renal residual

Desvantagens:

  • Risco de infecção abdominal (peritonite)
  • Necessidade de espaço e higiene rigorosa

Ambos os métodos são eficazes, e a escolha deve ser individualizada. O acompanhamento com o nefrologista é essencial para definir qual opção oferece melhor qualidade de vida e adesão ao tratamento.

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Dra-Sara-Mohrbacher-CRM-146577
Dra. Sara Mohrbacher
CRM: 146577 |
RQE: 69465 - Clínica médica | 69466 - Nefrologia
Especialista em Nefrologia e Clínica Médica

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