Pielonefrite é grave e pode trazer complicações sérias

Tempo de leitura: 3 min.
atualizado em 01/10/2025
Sumário

A pielonefrite é uma infecção grave dos rins que pode evoluir rapidamente e trazer complicações sérias, como sepse e insuficiência renal. Por isso, é fundamental reconhecer os sintomas, buscar diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o quanto antes. Entenda mais sobre esse assunto!

Modelo anatômico de rins humanos em mãos, destacando detalhes internos da estrutura renal.

A pielonefrite é uma infecção bacteriana que, geralmente, começa no trato urinário inferior (bexiga) e se propaga para os rins, provocando sintomas como dor, febre alta e mal-estar. 

O tratamento costuma exigir antibióticos e, em casos mais sérios, pode ser necessária a internação hospitalar.

Se não for tratada adequadamente, a pielonefrite pode evoluir para quadros como abscessos renais, insuficiência renal e até sepse, o que representa um risco significativo à vida do paciente. 

Neste artigo, abordaremos os principais sintomas e sinais de alerta da pielonefrite, as complicações que ela pode causar quando não tratada corretamente e como é feito o tratamento dessa condição. Leia até o final e saiba mais!

Sintomas e sinais de alerta da pielonefrite

Os sintomas da pielonefrite geralmente se iniciam de forma súbita e intensa. A presença de febre alta e dor lombar é comum, mas nem sempre os sinais são claros, especialmente em idosos ou pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Entre os principais sintomas da pielonefrite estão:

  • Febre acima de 38°C, geralmente acompanhada de calafrios
  • Dor nas costas ou na região lombar, muitas vezes unilateral
  • Uor ou ardência ao urinarrina com presença de sangue
  • Náuseas, vômitos e mal-estar geral

Alguns pacientes ainda relatam fraqueza intensa e confusão mental, especialmente os mais idosos. Em crianças pequenas, pode haver febre sem causa aparente ou irritabilidade. 

A identificação precoce desses sintomas permite que o diagnóstico seja feito antes que a infecção se agrave, evitando complicações mais sérias.

Caso o quadro não melhore em 48 horas após o início dos antibióticos, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente para reavaliação do tratamento.

Complicações da pielonefrite não tratada

Quando a pielonefrite não é tratada de forma adequada ou é diagnosticada tardiamente, pode evoluir para situações muito graves. 

A infecção pode se espalhar rapidamente para a corrente sanguínea, gerando um quadro de sepse, que representa risco de morte, especialmente em pacientes mais vulneráveis.

As complicações mais comuns incluem:

  • Abscesso renal ou peri renal
  • Sepse urinária com falência de múltiplos órgãos
  • Cicatrizes renais permanentes
  • Insuficiência renal aguda ou crônica
  • Infecções recorrentes do trato urinário

A formação de cicatrizes no tecido renal é um problema importante, pois compromete a função dos rins a longo prazo. Isso pode levar à hipertensão arterial e, em casos mais graves, à necessidade de diálise. 

Mulheres grávidas com pielonefrite também correm maior risco de parto prematuro e complicações obstétricas.

Por isso, é fundamental tratar corretamente a pielonefrite desde os primeiros sinais e seguir à risca as orientações médicas, mesmo que os sintomas desapareçam rapidamente. 

Como é feito o tratamento clínico e hospitalar

O tratamento da pielonefrite varia conforme a gravidade do caso, o estado geral do paciente e a presença de fatores de risco. 

Casos leves podem ser tratados em casa com antibióticos orais, mas quadros mais graves exigem hospitalização para administração de medicação intravenosa e acompanhamento clínico intensivo.

O tratamento inclui:

  • Uso de antibióticos específicos com base na urocultura
  • Hidratação venosa ou oral adequada
  • Controle da dor e da febre com analgésicos e antitérmicos
  • Repouso durante o período mais crítico da infecção
  • Monitoramento com exames de sangue e imagem, como ultrassom ou tomografia

Pacientes que apresentam vômitos persistentes, desidratação, sintomas graves ou que não melhoram com o tratamento inicial geralmente são internados para evitar complicações. Em alguns casos raros, como nos abscessos renais, pode ser necessária a drenagem cirúrgica.

Após a alta, o paciente deve seguir o tratamento ambulatorial com antibióticos por tempo determinado pelo médico e realizar exames de acompanhamento para garantir a completa resolução da infecção e evitar recidivas.

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Perguntas frequentes

Qual exame detecta a pielonefrite?

Urocultura, exame de urina e exames de imagem como ultrassom ou tomografia.

Qual é a bactéria que causa pielonefrite?

A Escherichia coli é a bactéria mais comum na maioria dos casos.

Quanto tempo leva para curar a pielonefrite?

De 7 a 14 dias, dependendo da gravidade e da resposta ao tratamento.

Quando internar um paciente com pielonefrite?

Em casos de sintomas graves, vômitos, sepse ou falha do tratamento oral.

A pielonefrite precisa de cirurgia?

Apenas em casos raros, como quando há formação de abscesso renal.

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Dra-Sara-Mohrbacher-CRM-146577
Dra. Sara Mohrbacher
CRM: 146577 |
RQE: 69465 - Clínica médica | 69466 - Nefrologia
Especialista em Nefrologia e Clínica Médica

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