O check-up é um procedimento comum na medicina preventiva, mas muitas vezes é mal interpretado como apenas uma série de exames. Na realidade, o verdadeiro valor de um check-up está na consulta com um médico de confiança, que pode personalizar os cuidados de acordo com o histórico e as necessidades do paciente.
Neste post, vamos explorar a importância do diálogo médico-paciente, a escolha criteriosa dos exames e como uma boa consulta pode ajudar a prevenir doenças e melhorar a saúde.
O check-up é um termo amplamente conhecido e muitos pacientes gostam de realizá-lo. Contudo, existe uma ideia equivocada de que fazer um check-up significa simplesmente realizar uma série de exames. Muitas pessoas acreditam que sair de uma consulta com uma pilha de exames garante uma vida saudável e longa, mas essa concepção está errada. O que realmente importa é realizar exames que sejam cientificamente indicados para a prevenção de doenças, ajustando-os à idade e ao histórico do paciente.
Ao contrário do que muitos pensam, o mais importante em um check-up não é a quantidade de exames, mas sim uma consulta detalhada com um médico de confiança. O ideal é ter um profissional que já conheça o paciente e possa focar mais na conversa e menos em pedir exames desnecessários. Durante a consulta, o médico deve avaliar os fatores de risco do paciente, como histórico familiar de doenças, condições pessoais e estilo de vida. Dessa forma, é possível personalizar os exames de acordo com as necessidades reais de cada pessoa.
Os exames solicitados devem ser aqueles que realmente têm comprovação científica de serem necessários e capazes de fazer diferença para o paciente. Pedir exames desnecessários, como dosagens de minerais raros (molibdênio, selênio, cobre), geralmente não tem utilidade e não traz benefícios para a saúde do paciente. Além disso, exames sem necessidade podem gerar ansiedade e até complicações desnecessárias, como no caso do exame de anticorpos FAN, que pode causar preocupação indevida sem qualquer motivo relevante.
Outro ponto importante a ser considerado é que exames desnecessários podem acarretar problemas para o paciente. Exames invasivos, como a colonoscopia, podem ter complicações graves se realizados sem uma justificativa válida. Embora a colonoscopia seja um procedimento seguro, o preparo e sua execução podem trazer riscos. Portanto, a realização de exames deve ser avaliada com cautela, levando em consideração se os benefícios superam os riscos para o paciente.
Durante a consulta médica, além de exames, é essencial focar na prevenção de doenças. As consultas de rotina podem prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e até certos tipos de câncer, especialmente quando há histórico familiar ou hábitos de vida prejudiciais, como o tabagismo. Além disso, o estilo de vida do paciente deve ser avaliado, incluindo sedentarismo e hábitos alimentares, para que o médico possa orientar sobre melhorias e promover uma saúde melhor a longo prazo.