PrEP e seus efeitos nos rins: a importância do acompanhamento

Tempo de leitura: 2 min.
atualizado em 30/04/2025
Sumário

PrEP pode afetar os rins? Descubra o que a ciência já sabe sobre os riscos renais e como acompanhar sua saúde com segurança durante o uso da medicação.

Neste texto, você vai entender como a PrEP pode afetar os rins e quais cuidados são recomendados para quem usa esse medicamento preventivo.

PrEP e saúde dos rins: o que você precisa saber

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) revolucionou a prevenção do HIV ao oferecer proteção eficaz antes mesmo da exposição ao vírus. Mas, junto com os benefícios, surgem dúvidas importantes: será que a PrEP pode fazer mal aos rins?

A resposta é: em geral, não. A PrEP é considerada uma medicação segura, com estudos clínicos robustos que comprovam sua eficácia e baixo risco de efeitos colaterais significativos. Ainda assim, como todo medicamento, exige atenção — especialmente quando falamos da função renal.

Qual é a relação entre a PrEP e os rins?

A PrEP contém a substância tenofovir, que em alguns casos pode levar a uma leve piora da função renal. Na maioria das pessoas, essa alteração é discreta e não chega a ter impacto clínico relevante. Ou seja, não interfere na rotina nem impede o uso do medicamento.

No entanto, alguns grupos de pacientes apresentam maior risco de desenvolver alterações mais significativas na função dos rins durante o uso da PrEP. Isso inclui:

  • Pessoas com função renal já comprometida (doença renal crônica);
  • Indivíduos com depuração renal abaixo de 90 ml/min;
  • Pacientes idosos.

Nesses casos, o uso da PrEP não é proibido, mas deve ser acompanhado com mais atenção. O monitoramento regular da função renal, por meio de exames simples, é essencial para garantir a segurança do tratamento.

É preciso parar de tomar a PrEP?

Não necessariamente. Para a maioria das pessoas, a PrEP é extremamente segura e não traz riscos significativos. Quando há algum fator de risco, o mais importante é contar com o acompanhamento de um médico nefrologista ou infectologista. Assim, é possível manter o uso da medicação de forma consciente e protegida.

Conclusão

A PrEP é uma das estratégias mais eficazes para prevenir o HIV, e seu uso deve ser incentivado sempre que indicado. Os riscos relacionados à função renal são baixos e controláveis, especialmente com acompanhamento médico adequado.

Se você faz uso da PrEP — ou está pensando em iniciar — converse com seu médico sobre os exames de rotina e os cuidados ideais para seu caso. A prevenção continua sendo a melhor escolha, com segurança e responsabilidade.

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Dra-Sara-Mohrbacher-CRM-146577
Dra. Sara Mohrbacher
CRM: 146577 |
RQE: 69465 - Clínica médica | 69466 - Nefrologia
Especialista em Nefrologia e Clínica Médica

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