A preparação para o transplante renal envolve uma série de cuidados e orientações que precisam ser seguidas à risca. Eles vão garantir que o paciente está apto para passar pelo procedimento e favorecer a sua adaptação e recuperação.
O Brasil ocupa o terceiro lugar do ranking mundial quando o assunto é transplante de rins. Esse tipo de transplante representa cerca de 70% de todos os transplantes realizados em nosso país. O órgão pode ser obtido tanto de um doador cadáver quanto de um doador vivo.
Independentemente de quem está doando o rim, o sucesso do procedimento depende muito do planejamento da cirurgia, que envolve o preparo do paciente. Logo, é necessário realizar uma série de procedimentos antes de fazer o transplante de fato.
Neste artigo você vai conhecer as etapas do pré-operatório do transplante renal e também algumas orientações que costumam ser passadas para o paciente que será submetido à cirurgia. Acompanhe.
Antes da solicitação de exames, é realizada uma minuciosa anamnese para avaliar o estado de saúde do paciente e todos os seus antecedentes.
Uma das principais orientações para o paciente que será transplantado é a necessidade de realizar diversos tipos de exame. Veja a seguir quais são eles.
No caso das mulheres, também é preciso fazer o exame de Papanicolau e a mamografia seis meses antes do transplante. Para homens com mais de 40 anos, é preciso fazer um exame minucioso da próstata um ano antes do transplante.
O transplante renal é indicado para pacientes que apresentam insuficiência renal crônica. Geralmente, essa condição clínica costuma trazer diversas dúvidas, além de exigir mudanças na rotina do paciente, já que é preciso realizar sessões de diálise.
O acompanhamento psicológico pode contribuir para a melhor recuperação do paciente após a realização do transplante renal. É também uma ajuda importante para que ele consiga compreender o seu problema de saúde e se adaptar da melhor maneira possível a sua nova condição. Doadores vivos e familiares também podem precisar desse suporte psicológico.
Além dos exames que citamos, antes de realizar o transplante renal, o paciente fará uma avaliação psicológica para verificar se está apto para se adaptar ao transplante e também ao estresse e ansiedade que costumam ocorrer com a proximidade da cirurgia.
É feita, ainda, uma avaliação do histórico de saúde mental para verificar possíveis doenças psiquiátricas que poderiam ser agravadas pelos medicamentos utilizados após o transplante.
No dia anterior, o paciente também poderá realizar uma sessão de diálise para melhorar o seu estado físico geral. São adotados ainda outros cuidados, comuns para as cirurgias abdominais de grande porte, como higiene do corpo, raspagem dos pelos e higiene pulmonar pré-operatória.
Pacientes diabéticos, portadores de doenças cardíacas ou outros problemas de saúde serão aconselhados a realizar exames adicionais específicos para o seu caso.
É aconselhado ao paciente perder peso quando em caso de obesidade, pois aumenta o risco de infecção no local operado. É preciso adequar a dieta eliminando as gorduras, restringindo o consumo de sal e ingerindo pouca quantidade de proteína.
Também é fundamental manter o organismo muito bem hidratado, pois a desidratação orgânica favorece efeitos adversos da anestesia geral, com risco de causar arritmias cardíacas e choque.
O paciente deve ingerir apenas alimentos e medicamentos liberados pelo médico, já que pode haver interações entre a alimentação e os medicamentos, favorecendo problemas clínicos ou afetando a eficiência das substâncias imunossupressoras.
Vale ressaltar que essas informações têm por objetivo apenas esclarecer o modo como costuma acontecer o pré-operatório do transplante renal, e algumas orientações passadas para o paciente. Porém, cada um receberá instruções específicas conforme suas necessidades e condições clínicas.
Por isso é essencial seguir à risca aquilo que o médico responsável pelo caso recomenda. Em caso de dúvida, ele é o especialista que deve ser procurado.