Síndrome Hemolítica Urêmica, o que é?

Tempo de leitura: 3 min.
atualizado em 17/02/2025
Sumário

A Síndrome Hemolítica Urêmica é uma doença grave que causa anemia hemolítica, insuficiência renal aguda e plaquetas baixas, afetando principalmente crianças. Causada frequentemente por infecção por E. coli, é uma das causas de insuficiência renal aguda em crianças. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo!

Imagem com fundo marrom, destacando o texto "Síndrome Hemolítica Urêmica, o que é?" e uma mão segurando um modelo anatômico de rim.

A Síndrome Hemolítica Urêmica, uma condição médica grave, é uma das causas mais comuns de insuficiência renal aguda em crianças e, embora rara, pode ocorrer em adultos. A prevalência varia, mas surtos são frequentemente associados ao consumo de alimentos contaminados. 

Neste artigo, abordaremos o que é a Síndrome Hemolítica Urêmica, incluindo quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico, quais as opções de tratamento e qual o prognóstico desta doença. Leia até o final e saiba mais!

O que é a Síndrome Hemolítica Urêmica?

A Síndrome Hemolítica Urêmica caracteriza-se por uma tríade clínica composta por anemia hemolítica microangiopática(rotura das hemácias em pequenos vasos sanguíneos, resultando em anemia), trombocitopenia (número reduzido de plaquetas no sangue) e insuficiência renal aguda. 

A forma mais comum da doença é desencadeada por uma infecção por Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), frequentemente associada ao consumo de alimentos contaminados, como carne mal cozida ou produtos lácteos não pasteurizados. 

A toxina Shiga causa danos aos pequenos vasos sanguíneos, especialmente nos rins, levando à destruição dos glóbulos vermelhos, formação de coágulos nas pequenas artérias e consequente insuficiência renal. 

Existem outras formas de Síndrome Hemolítica Urêmica, como a atípica, que não está relacionada a infecções por STEC e pode ter uma base genética ou estar associada a outras doenças crônicas. 

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?

Os sintomas da Síndrome Hemolítica Urêmica podem variar, mas geralmente incluem sinais de anemia, como palidez, fadiga e icterícia (amarelecimento da pele e olhos), devido à destruição dos glóbulos vermelhos.

A insuficiência renal aguda manifesta-se por uma redução ou ausência de produção de urina, inchaço nas pernas, tornozelos e rosto, e hipertensão arterial. A presença de hematúria (sangue na urina) e proteinúria (proteína na urina) também são comuns. 

Para diagnosticar a Síndrome Hemolítica Urêmica, são necessários vários exames laboratoriais. Um hemograma completo pode revelar anemia hemolítica e trombocitopenia. Exames de função renal, como creatinina e ureia, são fundamentais para avaliar a extensão da insuficiência renal. 

Adicionalmente, testes específicos para identificar a presença de E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) podem ser realizados, especialmente em casos com história recente de diarreia. 

A Síndrome Hemolítica Urêmica é uma emergência médica e requer avaliação rápida e cuidadosa para iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível e evitar complicações graves.

Como é realizado o tratamento e o prognóstico?

O tratamento da Síndrome Hemolítica Urêmica é complexo e deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico para evitar danos permanentes aos rins e outras complicações. 

Em muitos casos, o tratamento inicial inclui cuidados de suporte, como a reposição de fluidos e eletrólitos, controle da pressão arterial e tratamento de infecções concomitantes. 

A plasmaférese, um procedimento para remover e substituir o plasma sanguíneo, pode ser indicada em casos de Síndrome Hemolítica Urêmica atípica, especialmente se houver suspeita de uma base genética ou autoimune. A diálise pode ser necessária para pacientes com insuficiência renal grave. 

O prognóstico da Síndrome Hemolítica Urêmica varia dependendo da gravidade da doença e da rapidez com que o tratamento é iniciado. 

A maioria das crianças com Síndrome Hemolítica Urêmica relacionada à STEC se recupera completamente com tratamento adequado, embora algumas possam desenvolver complicações renais crônicas. 

A Síndrome Hemolítica Urêmica atípica, por outro lado, tem um curso mais imprevisível e pode necessitar de tratamento a longo prazo e acompanhamento rigoroso para evitar recidivas e controlar a progressão da doença renal.

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Dra-Sara-Mohrbacher-CRM-146577
Dra. Sara Mohrbacher
CRM: 146577 |
RQE: 69465 - Clínica médica | 69466 - Nefrologia
Especialista em Nefrologia e Clínica Médica

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Atualizado em: 17/02/2025
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