A Síndrome Hemolítica Urêmica é uma doença grave que causa anemia hemolítica, insuficiência renal aguda e plaquetas baixas, afetando principalmente crianças. Causada frequentemente por infecção por E. coli, é uma das causas de insuficiência renal aguda em crianças. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo!
A Síndrome Hemolítica Urêmica, uma condição médica grave, é uma das causas mais comuns de insuficiência renal aguda em crianças e, embora rara, pode ocorrer em adultos. A prevalência varia, mas surtos são frequentemente associados ao consumo de alimentos contaminados.
Neste artigo, abordaremos o que é a Síndrome Hemolítica Urêmica, incluindo quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico, quais as opções de tratamento e qual o prognóstico desta doença. Leia até o final e saiba mais!
A Síndrome Hemolítica Urêmica caracteriza-se por uma tríade clínica composta por anemia hemolítica microangiopática(rotura das hemácias em pequenos vasos sanguíneos, resultando em anemia), trombocitopenia (número reduzido de plaquetas no sangue) e insuficiência renal aguda.
A forma mais comum da doença é desencadeada por uma infecção por Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), frequentemente associada ao consumo de alimentos contaminados, como carne mal cozida ou produtos lácteos não pasteurizados.
A toxina Shiga causa danos aos pequenos vasos sanguíneos, especialmente nos rins, levando à destruição dos glóbulos vermelhos, formação de coágulos nas pequenas artérias e consequente insuficiência renal.
Existem outras formas de Síndrome Hemolítica Urêmica, como a atípica, que não está relacionada a infecções por STEC e pode ter uma base genética ou estar associada a outras doenças crônicas.
Os sintomas da Síndrome Hemolítica Urêmica podem variar, mas geralmente incluem sinais de anemia, como palidez, fadiga e icterícia (amarelecimento da pele e olhos), devido à destruição dos glóbulos vermelhos.
A insuficiência renal aguda manifesta-se por uma redução ou ausência de produção de urina, inchaço nas pernas, tornozelos e rosto, e hipertensão arterial. A presença de hematúria (sangue na urina) e proteinúria (proteína na urina) também são comuns.
Para diagnosticar a Síndrome Hemolítica Urêmica, são necessários vários exames laboratoriais. Um hemograma completo pode revelar anemia hemolítica e trombocitopenia. Exames de função renal, como creatinina e ureia, são fundamentais para avaliar a extensão da insuficiência renal.
Adicionalmente, testes específicos para identificar a presença de E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) podem ser realizados, especialmente em casos com história recente de diarreia.
A Síndrome Hemolítica Urêmica é uma emergência médica e requer avaliação rápida e cuidadosa para iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível e evitar complicações graves.
O tratamento da Síndrome Hemolítica Urêmica é complexo e deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico para evitar danos permanentes aos rins e outras complicações.
Em muitos casos, o tratamento inicial inclui cuidados de suporte, como a reposição de fluidos e eletrólitos, controle da pressão arterial e tratamento de infecções concomitantes.
A plasmaférese, um procedimento para remover e substituir o plasma sanguíneo, pode ser indicada em casos de Síndrome Hemolítica Urêmica atípica, especialmente se houver suspeita de uma base genética ou autoimune. A diálise pode ser necessária para pacientes com insuficiência renal grave.
O prognóstico da Síndrome Hemolítica Urêmica varia dependendo da gravidade da doença e da rapidez com que o tratamento é iniciado.
A maioria das crianças com Síndrome Hemolítica Urêmica relacionada à STEC se recupera completamente com tratamento adequado, embora algumas possam desenvolver complicações renais crônicas.
A Síndrome Hemolítica Urêmica atípica, por outro lado, tem um curso mais imprevisível e pode necessitar de tratamento a longo prazo e acompanhamento rigoroso para evitar recidivas e controlar a progressão da doença renal.