A fístula arteriovenosa para hemodiálise é uma conexão cirúrgica entre artéria e veia, essencial para pacientes em tratamento dialítico. Neste artigo, você entenderá os tipos de fístulas disponíveis, quando são indicadas e quais os critérios para sua escolha. Entenda mais sobre esse assunto!
A fístula arteriovenosa (FAV) é uma conexão artificial entre uma artéria e uma veia, criada cirurgicamente para permitir o acesso vascular em pacientes que realizam hemodiálise.
Essa ligação facilita o fluxo de sangue necessário para que o procedimento ocorra com segurança e eficiência, sendo considerado o acesso de escolha por sua durabilidade e menor risco de infecção.
Criar essa conexão exige uma avaliação individualizada, levando em conta fatores como idade, presença de comorbidades e anatomia vascular.
Além disso, existem diferentes tipos de fístulas que variam conforme a localização e as necessidades do paciente. A escolha correta é fundamental para garantir o sucesso do tratamento dialítico.
Neste artigo, abordaremos os principais tipos de fístulas arteriovenosas utilizadas na hemodiálise, as indicações específicas para cada tipo e os critérios médicos adotados para sua escolha. Leia até o final e saiba mais!
As fístulas arteriovenosas para hemodiálise são classificadas de acordo com o local anatômico onde são confeccionadas. Cada tipo possui vantagens e limitações, sendo escolhido conforme o perfil vascular do paciente e outros critérios clínicos.
As principais fístulas utilizadas são:
A fístula radiocefálica é geralmente a primeira opção por ser mais fácil de manejar e ter bons resultados a longo prazo. Já a braquiocefálica, apesar de ter maior fluxo sanguíneo, pode ter mais complicações como estenose venosa.
A braquiobasílica é mais difícil de ser realizada, exigindo cirurgia mais complexa, mas pode ser uma boa alternativa quando as opções anteriores não são viáveis.
A escolha do tipo ideal envolve exames de imagem como o mapeamento vascular por ultrassom, que avalia a anatomia das artérias e veias disponíveis. Assim, o cirurgião consegue planejar o melhor local para a criação da fístula.
A criação de uma fístula arteriovenosa é indicada em pacientes com doença renal crônica em estágio avançado, que necessitam iniciar ou manter a hemodiálise como terapia substitutiva.
A indicação deve ser feita com antecedência, para garantir que a fístula esteja funcional e pronta para uso quando a diálise for iniciada.
As principais indicações clínicas incluem:
Além desses critérios, é fundamental considerar o tempo necessário para a maturação da fístula, que pode levar de 6 a 8 semanas.
Esse período é essencial para que a veia aumente de calibre e suporte o fluxo sanguíneo da hemodiálise. Caso a fístula não evolua adequadamente, outros acessos vasculares temporários podem ser utilizados.
Portanto, a avaliação médica precoce é decisiva para evitar atrasos no início do tratamento e minimizar complicações como tromboses ou infecções por uso prolongado de cateteres centrais.
A seleção da fístula mais adequada depende de uma série de fatores clínicos e anatômicos. O objetivo é garantir um acesso durável, com bom fluxo e baixa taxa de complicações.
A decisão deve ser feita de forma personalizada, após análise cuidadosa de exames e do histórico do paciente.
Os principais critérios considerados são:
O mapeamento pré-operatório permite identificar artérias e veias com calibre adequado e sem obstruções, o que aumenta a chance de sucesso da fístula.
Em idosos ou pacientes com doenças vasculares, a escolha deve ser ainda mais criteriosa, pois há maior risco de falha de maturação.
A colaboração entre nefrologista e cirurgião vascular é essencial nesse processo, garantindo uma abordagem multidisciplinar eficaz. A escolha correta da fístula reduz complicações e melhora a qualidade de vida do paciente em hemodiálise.
É uma conexão cirúrgica entre uma artéria e uma veia para permitir o acesso à hemodiálise.
Radiocefálica, braquiocefálica e braquiobasílica com transposição.
É indicada principalmente para pacientes com insuficiência renal crônica que necessitam de hemodiálise.
Estenose, trombose, infecção e falha na maturação.
Evitar traumas, não medir pressão no braço da fístula e manter boa higiene no local.